segunda-feira, 9 de novembro de 2009

20 anos da queda do Muro (I)

Os comunistas queixam-se de serem visados pela informação comemorativa do evento. Na Assembleia da República informam os jornalistas de uma iniciativa que antecipa o que o CDS/PP teria podido propor: alargamento das possibilidades de prisão preventiva e aumento do tempo de segredo de justiça. O pretexto é o combate à corrupção (como se ele estivesse a ser feito através do número de presos à disposição dos juízes).
Oito anos atrás, num dos primeiros Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, tive oportunidade de perguntar a uma mesa sobre "criminalização dos movimentos sociais", onde se denunciaram as perseguições e as brutalidades da polícia contra os activistas e a corrupção e politicação das acções policiais (na mesa estavam polícias federais brasileiros, autores de algumas dessas denúncias), se no outro mundo possível as prisões poderiam deixar de existir. As duas respostas que obtive foram definitivamente não. "Que fariamos a quem agora nos persegue?"
Definitivamente, o outro mundo possível de que preciso terá que não ter muros: nem em Berlim, nem na Palestina, nem na fronteira do México com os EUA, nem nas prisões. Há prisões sem guardas nem muros: http://www.apacitauna.com.br/. Sabia?

1 comentário:

  1. O PS E A CORRUPÇÃO

    «O PS garante que se a oposição se unir e aprovar o crime de enriquecimento ilícito vai pedir a verificação da sua constitucionalidade ao Tribunal Constitucional. 'É inconstitucional e tudo faremos para que o Estado democrático vigore em Portugal' adianta Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada socialista, defendendo a fiscalização sucessiva do diploma caso seja aprovado na Assembleia da República. O BE apresentou a sua proposta ontem, o PCP prepara-se para o fazer.»

    [Semanário «SOL», 13 Novembro 2009]


    Sempre que se fala no combate à corrupção, o PS «foge com o rabo à seringa». O mais frenético opositor de iniciativas legislativas a propósito do enriquecimento ilícito é o deputado Ricardo Rodrigues que, em 1977, safou-se, «por uma unha negra», de ser arguido num processo por burla e branqueamento de capitais. Em 21 de Outubro o SP relembrou o seu passado menos conhecido...

    Ler mais em:
    www.jornalprivado.blogspot.com

    ResponderEliminar