segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Gripe pandémica

Hoje arrancou a campanha de vacinação contra a gripe pandémica do pessoal de saúde em Portugal. Dizem as notícias, o director geral da saúde reconheceu que os 5% de profissionais de um hospital que se recusaram tomar a vacina pode ajudar à campanha contra a vacinação.
Reclama o alto funcionário não existir nenhum suporte científico para apoiar as posições adversas à vacinação.  Questionado sobre as lições e atirar da campanha de alerta no Inverno  do hemisfério Sul respondeu estar indisponível para comentar, embora adiantasse ser completamente diferente a gripe sazonal e a gripe pandémica, desde logo por serem diferentes as populações de risco em cada caso.
É extraordinário o temor do Estado perante avaliação que a opinião pública possa fazer de uma campanha de vacinação, dado o facto de ter sido este tipo de intervenções de saúde pública dos maiores contributos para a diminuição drástica da morbilidade no ocidente, nas últimas gerações.
É também estraordinário que, depois de declarado o nível 6 e máximo do alerta global pela Organização Mundial de Saúde, o Estados não possam argumentar ter sido esse estado de alerta a causa eficaz da minimização dos riscos de morbilidade efectiva provocados pela pandemia.
Mais do que uma crise de confiança, podemos muito bem estar a sentir sinais de uma crise de civilização: a) a ciência é trazida a terreiro não para fundamentar políticas mas para defender políticas; b) as acções do Estado não são avaliadas mas tão só desculpadas.

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